Um passo de cada vez...

Não é fácil deixar para resolver depois de uma análise da situação, depois de contar até mil, depois de respirar fundo... não, não é fácil conter o impulso do vamos resolver agora quando se é do tipo pei buf! Pisou no meu calo eu grito! Quando se aprendeu a gritar.
Mas é preciso parar e refletir, pois a vida nos faz descobrir que impulso não resolve nada, ao contrário, nos fragiliza, nos deixa descobertos diante das situações. É preciso tentar com todas as forças vencer a impulsividade... É preciso colocar a pedra do silêncio, quando o barulho e o redemoinho interior parecem não ter fim. É preciso conter , nem que seja apenas a aparência externa, porque precisamos ser  um mar sereno, mesmo que no interior esteja sendo formada uma potente Tsuname... Ninguém precisa saber... acredite, ninguém!É extremamente necessário manter a classe, o sorriso... assusta menos!
Quando nos sentirmos assim, como um mar revolto, precisamos aprender a por outras prioridades no lugar de algo que está provocando o silencioso e devastador maremoto dentro do coração... Precisamos por água na fervura... é precisamos deixar o coração respirar... também precisamos praticar o desapego do que nos faz sofrer... Tem sofrimentos que por si só não acrescentam nada, só nos empobrece como pessoas, esses sofrimentos devem ser deixados de lado... Já ouvimos muito a prática fórmula de que tudo na vida é questão de prioridade, então vamos priorizar o que é bom... Vamos?
Chorar... brigar... gritar... nada disso faz  sentido, ao contrário, provoca mais mal estar... Não sejamos reticentes nas palavras, nelas devemos usar de sinceridade e objetividade, mas quando elas se tornarem um fardo devemos trocá-las por silêncio e não apenas o silêncio pelo silêncio devemos ainda colocar docilidade e prudência  nas atitudes e se for pouco, colocamos um ingrediente forte:a indiferença...precisamos colocar a situação dolorosa em fogo brando, ir pelas bordas, tentar fazer o que é necessário, então descobriremos  que não há sentido em lutar por causas perdidas. Tem situações que são bem difíceis de dar um basta... mas é preciso, é vital, mesmo que seja um passo de cada vez...
Ladjane Monteiro